quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Not quite yet.... But yeah, yet...



Humm deixa eu ver onde parei... Ah sim... O câncer está inativo. 

A notícia chegou como uma bomba! Bomba de felicidade e esperança... 

Esperamos tanto tempo por boas notícias, promissoras, reais e que nos fizesse acreditar ainda mais que a cura está cada vez mais próxima. 

Nas semanas seguintes ao resultado da tomografia, tivemos uma consulta com o cirurgião que o oncologista do Matt acredita ser o melhor nessa região. 

Ele nos mostrou todas as imagens das ressonâncias do Matt, desde o momento da diagnose até o ultimo e pudemos ver e comparar a diferença e o quanto as imagens mudaram nesse quase um ano e meio enquanto o cara, todo posh, mas muito gentil, soltava frases como " isso é quase inacreditável" e "isso é incrível", enchendo o maridão de orgulho! 

Nós conversamos muito e ele nos contou todos os prós e contras desse tipo de cirurgia chamada Whipple. Nela a cabeça do pâncreas junto com parte do estômago, do duodeno e outras coisinhas mais que fazem parte do sistema digestivo seriam retiradas. Matt ficaria no hospital por cerca de 10 dias, se tornaria permanentemente diabético, e sua imunidade cairia no chão, por ser uma cirurgião muito evasiva e demorada. 

Ele disse não achar que esse seria o momento ideal para uma cirurgia como esta pois tinha medo de que com seu sistema imunológico abalado o câncer poderia "reviver" e voltar a crescer. E nós não queremos isso né?! 

Era uma sexta feira e voltamos para casa digamos que okay... Mas aiiiii doeu tanto vê-lo desapontado... 

Foi um fim de semana meio estranho e notei Matt bem cabisbaixo, tentando disfarçar, mas era nítida a tristeza que ele sentia, sem ter certeza do que o futuro. Ele já estava fazendo tantos planos... Pensando em como seria voltar a trabalhar, viagens que queremos fazer... Não que isso não vá acontecer, mas parecia muito mais perto de acontecer, sabe?!  

Na segunda pela manhã eu fui com Nathan para a lua de natação, e deixei meu celular no carro. Como moramos perto, eu nem me dei ao trabalho de checar por mensagens ou ligações.

Quando eu voltei para casa com Nathan lá estava Matt, nos esperando na porta de casa... Ele me abraçou quase chorando, eu pude perceber, mas com um sorriso lindo no rosto e os olhos cheios de esperança me disse: "I can do Nanoknife!" 

Eu fiquei atônita! Não sabia o que falar, pensar, e as palavras não vinham... Eu me encaixei direito em seus abraço e o apertei. Choramos juntos, mas dessa vez, de felicidade.

To be continued